27 de novembro de 2016

POR QUE FAZER TORÇÕES NO YOGA?




HUMBERTO J. MENEGHIN


Ardha Matsyendrásana é a postura de Yoga mais comum quando se pensa em realizar uma torção seja na prática pessoal ou numa aula conduzida. Alguns praticantes e até mesmo professores chegam a suprimir as torções de suas práticas e aulas dando atenção à execução de outros ásanas que acham ser mais importantes. No entanto, as torções no Yoga são indispensáveis, mesmo que se faça pelo menos duas posturas.


Sim, as torções massageiam e tonificam os órgãos internos, em especial os rins e fígado, aliviando a tensão acumulada na coluna vertebral, alongando de forma suave os ombros e o quadril. Elas podem ser feitas em pé, sentado ao chão, deitado e até em certas inversões.


E, colocá-las após as retroflexões (back bends) e antes das flexões durante uma sequência de ásanas permite que a coluna vertebral tenha uma transição mais harmônica e inteligente entre esses dois extremos, muito embora muitos possam optar em manter a dobradinha da retroflexão e flexão sem inserir as torções pelo meio.


No entanto, outra vertente diz que as torções são ótimas para serem feitas antes das retroflexões em vista de promover certa neutralidade na espinha vertebral.


Na primeira série do Ashtanga Vinyasa Yoga algumas das torções vem após as flexões e cumprem o seu papel comme il faut, ou seja, como deve. 


No entanto, numa sequência prática em que se realiza posturas em pé logo no começo, fazer uma torção em pé como Parivrtta Trikonasana dentre outras, será uma boa preparação para as que serão realizadas mais à frente de forma sentada, uma vez que ajudam a estabilizar a pélvis enquanto a coluna se alonga.


Consideradas posturas neutras, as torções são muito boas para diluir a ansiedade e aliviar a letargia estimulando de forma adequada o sistema nervoso.


Jathara Parivartanasama, aquela torção simples feita quando se está deitado pelo chão pode tanto ser feita no início da prática como antes do savásana, pois além de promover o alongamento dos oblíquos no abdômen ajuda a trazer maior relaxamento ao sistema nervoso.


Recomenda-se que após uma sequência intensa composta por torções deve-se realizar uma postura de flexão como por exemplo a Upavista Konásana com o objetivo de realinhar o quadril e as pernas e ainda a Supta Baddha Konásana, restaurativa, para relaxar o quadril e abrir espaço pelo diafragma até o coração.


Vale lembrar que as torções são feitas para os dois lados, surgindo o movimento a partir da pélvis, no sentido de promover o equilíbrio, destacando ainda que antes de torcer, tracionar a coluna para cima é de suma importância, evitando-se ainda movimentos bruscos e impensáveis que podem criar uma lesão muscular inesperada e muito chata, o que não está no contexto de nenhuma prática atenta e consciente.


Harih Om!

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