20 de outubro de 2014

UTTHAN PRISTHÁSANA: A POSTURA DO LAGARTO



HUMBERTO MENEGHIN


Utthan pristhásana, a postura do lagarto, talvez não seja um ásana muito conhecido e praticado durante uma aula de Yoga. No entanto, à primeira vista quase se assemelhando ao “corredor”, a função principal do lagarto é auxiliar o praticante na abertura do quadril.


Abrir o quadril e/ou quadris, como queiram ou nominam, através de posturas específicas e preparatórias que acontecem no decorrer de uma prática de ásanas possibilita que o praticante possa realizar diversas outras posturas de uma forma mais acessível.


A maioria dos praticantes orientados por um bom professor ou professora, como outros que mantém uma prática pessoal regular, quase sempre quando se deparam com um ou alguns ásanas que possibilitam a abertura do quadril, ombros e outras partes do corpo podem tanto ir com muita sede ao pote ou prezar pela cautela.


Os que vão com muita sede ao pote, por serem dotados de corpos muito flexíveis se não tomarem cuidado, acabam por exagerar ao abrir o quadril e o resultado ao longo do tempo poderá ser uma lesão na respectiva articulação.








No entanto, para os que não exageram, possuidores de corpos flexíveis ou não, acabam por reconhecerem seus limites e decidem por abrir o quadril com atenção e cuidado quando realizam o ásana ou adotam as ações e as versões mais leves apresentadas pelas posturas especializadas na abertura do quadril.


Dentre as muitas posturas disponíveis na carta de ásanas do Yoga que permitem a abertura do quadril, temos a Utthan pristhásana, a postura do lagarto.


Comumente para se entrar nesse ásana, o praticante já está no Adho Mukha Svanasana, o cachorro que olha para baixo e traz a perna e o pé direito à frente, por fora, para o lado da mão direita. Dependendo da forma e da mobilidade do quadril, este pé se mantém no chão ligeiramente na diagonal sem que esteja apontado totalmente para frente, enquanto o joelho da mesma perna fica dobrado com a coxa paralela ao solo.







Os cotovelos e antebraços se apoiam ao chão ou em bloquinhos e a cabeça e o pescoço permanecem de forma natural na extensão da coluna vertebral, enquanto a perna esquerda se mantém firme e estendida para trás, um pouco elevada do solo.


No entanto, o joelho esquerdo poderá ficar em contato com o chão se for difícil para o iniciante manter a perna elevada. Por sua vez, os braços podem permanecer estendidos se a ação de manter os cotovelos e antebraços no solo for muito intensa.


Alguns outros praticantes podem preferir trazer a perna e o pé direito entre os braços para estar no corredor e na sequencia colocar o braço direito para dentro ao lado do esquerdo e se posicionar com os cotovelos e antebraços pelo chão, repetindo o descrito acima em relação às pernas.


A permanência no Utthan pristhásana, a postura do lagarto poderá ser de cinco a oito respirações para então o praticante retornar ao cachorro que olha para baixo e executá-la para o outro lado.


Além de promover a abertura do quadril, o Lagarto ainda alonga os flexores, quadríceps e os músculos da parte interna da perna que está à frente, abre o peito, ombros e pescoço e prepara o corpo do praticante para realizar as posturas do pombo e do Deus Hanuman. No entanto, deve ter cautela quem sentir dores na lombar e no ciático.


Harih Om!

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