4 de agosto de 2013

ENQUANTO NA ÍNDIA SÃO CONSIDERADOS “PESSOAS NÃO HUMANAS”; EM VEGAS, PRATICA-SE YOGA ENTRE OS GOLFINHOS





HUMBERTO MENEGHIN


Numa iniciativa ética-política jamais adotada na História da Humanidade, o Ministério do Meio Ambiente e Florestas da Índia reconheceu oficialmente que os golfinhos são “pessoas não humanas” cujo direito à vida e a liberdade devem ser respeitados. No entanto, em Las Vegas, essa prescrição passa longe de ser seguida e observada, pois lá praticam-se ásanas de Yoga entre os golfinhos.




Engraçados, inteligentes e amigos do homem, os golfinhos na maioria das vezes sempre se mostraram solícitos, espertos e por isso muitos são capturados, treinados e mantidos em cativeiros para servirem de atrações em shows de muitos parques aquáticos em várias partes do mundo.

Com a justificativa de que a Ciência estabeleceu definitivamente que as espécies de cetáceos são seres inteligentes, autoconscientes, dotados de sentimentos, ou seja, com a capacidade de sentir emoções e até possuir uma identidade individual, estes seres, devem ser vistos como “pessoas não humanas”, descartando-se a ideia de que são animais irracionais; e, por isso, devem ter seus próprios direitos específicos.




No entanto, mesmo que na Índia, onde essa prescrição de considerar os golfinhos “pessoas não humanas” está em vigor, inclusive proibindo-os de serem mantidos em cativeiros e ainda de participarem de shows aquáticos; na cidade do pecado, Vegas, em pleno deserto de Nevada, o cassino Mirage passou a oferecer aulas de ásanas entre os golfinhos.




Para entender melhor, a prática não acontece dentro d´água no tanque onde eles vivem e se exibem, mas sim numa área indoor, num salão interno e subterrâneo onde há grandes janelas de vidro para observá-los.

A prática de ásanas entre os Golfinhos tem a duração de uma hora, custa cinquenta dólares, acontece de sexta a domingo as oito e trinta da manhã, sharp on time, tendo como pano de fundo o Siegfried & Roy’s Secret Garden and Dolphin Habitat at the Mirage.







Os praticantes entusiastas apenas pagam para participarem de uma aula de ásanas de Yoga enquanto os golfinhos confinados no grande tanque-aquário aparecem de vez em quando para observá-los, provavelmente atraídos pela movimentação que ocorre lá dentro, enquanto todos praticam e quem sabe também por uma presa alimentar recompensatória que possa aparecer a posteriori.

Isso pode ser considerado uma experiência única e interativa: a de praticar “Yoga” entre os golfinhos, num cassino em Vegas; e muitos leigos podem até achar chique.

No entanto, será que vale a pena participar dessa prática na presença de golfinhos que estão confinados num tanque-aquário, sabendo que o principal objetivo do Yoga é moksha, a libertação?

Se os golfinhos são considerados “pessoas não humanas”, pelo menos na Índia, por enquanto, a liberdade para eles também deve ser extensiva; o que ainda não acontece em muitos lugares por aí, seja em parques aquáticos ou cassinos. Você participaria dessa prática entre os golfinhos?

Harih Om!



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